sábado, 4 de junho de 2011

O eterno sonhar




Nascendo se enxerga a luz que entrega ao nó que a vida se faz
Tão doce infância com a mesma distância dos sonhos que ficam pra trás
Crescendo e filmando, com o mundo mudando do fraco ao intenso sabor
Das coisas que impedem, do que é proibido do certo e do imenso pudor

Surgindo caminhos, seguindo instintos, na dúvida em ser racional
Tão puros amores, e donos das dores que a mente transforma em letal
Perdendo e sofrendo, pisando e moendo o tempo que já se desfaz
Buscando a saída, num tom suicida que nem sempre é tão eficaz

Dançando no ritmo dos olhos alheios, impondo uma vida melhor
Tão grande o anseio, sem seu devaneio, e a ambição cada dia maior
Matando e enganando, e sempre adiando aquela tão procurada
Da mais refletida, tampouco vivida, implorando para ser encontrada

Guiando e criando, os caminhos encontrando um sentido, um novo valor
Tão simples a vida que nunca é perdida, pois dela renasce uma flor
Buscando, querendo, e aos poucos perdendo aquilo que faz respirar
Do mundo deixando, restando apenas o sonho e o eterno sonhar


Cintia

Um comentário:

  1. No primeiro paragrafo gostei da evolução gradativa nascendo, infância e na fase adulta as regras sociais conflitantes que podem até levar a um suicidio justo. No encerramento temos a exaltação de uma vida simples propicia no mundo onirico.

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